Desnuda ao meu íntimo
(A Donzela d’ Meolá)
 
Desalmada em auge elegante e sorrindo,
Já me eras tu tão doce e tão bela;
Que as cantigas, em teus sons, ouvindo,
Eis d’eu vagar-te já por longa fusela...
 
Inda é deslumbrante, asseado e infindo,
Os teus rosais de cheiro em procela;
Que aos ventos em minh’alma, seguindo,
Eis o meu imo a pulsar-te a lapela...
 
Coração, que, desdenhado e tristonho
Pulsou... antes, de sonhar-te em meu amor
O que és de esperança em meu sonho...
 
E seguindo, Donzela, os teus caminhos,
Os teus raios em fusão de esplendor,
Hás d’eu cantar-te em mim teus carinhos...
 
(Poeta Dolandmay)



Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 24/02/2012
Código do texto: T3517793
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