Rara Beleza

Por todos, ela nunca é venerada,

Quando há olhamos, nada vemos,

Parece até mais uma obra desfigurada,

Pois não há beleza que percebemos.

Perdida então, em trapos finos,

Torna-se assim a sua relutância,

Tristeza singela, como de meninos,

Fica-se mórbida na sua jactância.

Mas rica torna-se a sua alma,

De amor é linda, paciente e calma.

Pura e simples como uma criança.

Mais valiosa que ouro de realeza,

É muito querida em nossa lembrança,

Assim ela é de uma rara beleza.

Danilo Figueiredo
Enviado por Danilo Figueiredo em 24/02/2012
Código do texto: T3517646
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