Um lembrete a Shakespeare

A cada segundo que se vai em meu relógio

Como cachoeira no desaguar de um sonho

Me resta apenas saborear o que proponho

Morrendo de amor ou vivendo de ódio

Ainda sinto o palpitar de um coração pulsante

Que no passar das horas se confunde na saudade

Perdendo nas lembranças da vã humana felicidade

Ao se entregar aos caprichos de um tormento prestante

E no contar das horas pra te ver novamente

Sem meias verdades, me entregar por inteiro

Sentir meu abrigo em teu abraço, teu cheiro

Sempre brindando o amor num olhar simplesmente

Te fazer feliz é o que quero sem engano, e tanto

Que num eterno instante teu amor, é meu maior encanto.