Paciência, um sofrimento voluntário

Tu és, ó Paciência, um sofrimento

Voluntário, fiel, bem ordenado,

Da conhecida sem razão tirado,

De um constante varão nobre ornamento.

Tu, recolhendo n'alma o pensamento,

Suportas com valor o Tempo irado.

Tu sustentas, com ânimo esforçado,

Todo o peso do mal, no bem atento.

Magnânima tu és, tu és Constância,

Cedro que não derruba a tempestade,

Rocha, onde a fúria quebra o mar com ânsia.

Tu triunfas da mesma Adversidade.

Subjugando as paixões co'a Tolerância,

Tu vences os ardis da vil Maldade.

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Com paciência eu te espero LS, mesmo que seja para vê-la numa estação de trem, por alguns raros segundos, para contemplar e eternizar num instante só, os teus olhos e a tua presença, pelas janelas que se vão no vagão da saudade que não acaba. Te amo, e, sem dúvida alguma, isto é para sempre. "CD".