Meus Frutos
Meus Frutos
Jorge Linhaça
Já não m'importa o ser imortal
Que minha obra a minha sobreviva
Ou que se perca de forma furtiva
Entr'alfarrábios n'algum vendaval
O que m'ímporta é a hora atual
Pois que meu estro é qual a estiva:
De levar pesos jamais se esquiva
Por mais que achem ser este o seu mal
Entre o satírico e o lirismo
Vão minhas letras buscando espaço
Galgo as montanhas e desço ao abismo
Mas se apenas restar uma linha
Único verso riscado a compasso...
Será meu fruto de toda uma vinha.
Salvador, 21 de fevereiro de 2012