O AMOR QUE SE FOI

Por todos os cantos dessa desolada vida

Procuro um pedaço ferido de mim mesmo,

Perdido naquela tarde jamais esquecida

Onde fui jogada no desamparo a esmo.

Aos cuidados de um destino, mais inadimplente

Que me deixou sobrar gemendo pelas beiradas

De um tempo passado hoje sinto-o presente

Em minha alma, deveras pobre, esfarrapada.

Vivo só de clamores em olhos lacrimejando

No vazio dos anos em que o amor se foi,

Deixando-me nua de sentimentos por aí.

Sou apenas um vulto perdido emigrando

Na vida sem expressão onde o amor sem me dizer oi

Deixa para trás os gemidos de vários ais que me sorri.

O FILHO DA POETISA

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 19/02/2012
Código do texto: T3508375