Surpresa
Antes de te encontrar havia o nada,
E o mês de outubro passava só,
Era o teu rosto noctívago namorada,
Do meu sortilégio de amor em nó.
De tua alvura a luz noturna se incutia,
E eu via no mar o brilho de uma estrela.
E as lágrimas sussurravam é e era bela,
A canção flautada que eu então ouvia.
Em teus olhares fictos uma surpresa:
Um plenilúnio e o eco dos promontórios...
Dos desejos secretos desvendados!
E os sinos da catedral me despertavam,
Para ti, despida de preconceitos. Indefesa,
Que em meus braços atinou-os muralhados!