"BRINCANDO COM FOGO"
Negligenciei, e uma nova paixão me aperta.
Enquanto era fagulha a me iludir,
Não me preocupei. E agora vejo uma fogueira surgir.
E nem mesmo a razão deu-me um alerta.
Acomodei-me no calor do que surgira.
Ignorei, tal adolescente, esta incômoda hora.
Hei de festejar? Hei de desistir? Algo seja feito agora.
Esconder já não posso. Persistir é agonia.
O não saber é que torna tudo uma tensão.
Se estou certo, ou se sou culpado... não sei.
Melhor seria tudo isto ser apenas o que sonhei.
Mas é fato. Tudo não passa de uma verdadeira situação
Que me deixa em vigília e sofreguidão.
Tudo por um amor impossível, que não realizarei!
(ARO. 1996)