As mascaras.
As mascaras.
Ocultou a face, perdeu a censura.
folião com desejos tão reprimidos,
apenas nos olhos a difusa amargura,
amores esquecidos de sonhos perdidos.
Embalado pelas danças sensuais,
pernas vacilantes, agora fugidio,
ele baila pelas lembranças bestiais,
na fugacidade tropeça no vazio.
A mascara escondeu a verdade,
deste infeliz folião no carnaval,
aos olhos dispersos da sociedade.
Veio a quarta-feira com crueldade.
Desceu o plúmbeo pano tão brutal,
desmascara-se fria toda fatuidade.
Toninho.
16/02/2012
“Custei a compreender que a fantasia
É um troço que o cara tira no carnaval
E usa nos outros dias por toda a vida.”Aldir Blanc e João Bosco