O CRIME
Já sei por que vivo no emaranhado:
À cada noite mais me entristeço,
E nestas madrugadas teias teço,
E fico com meu espírito arranhado,
E em mim mesmo me embrenhado;
Preciso da luz quando anoiteço,
Na escuridão quase enlouqueço,
Queria ver o planeta tão acarinhado...
Penso na maldade dos humanos,
Passam-se minutos, vidas e anos,
Mas nada muda, tudo continua...
Na rua a criança faminta e nua,
E um facínora solto se insinua,
Cruel mundo de desumanos...
(VictorAMPinheiro)