UM OÁSIS [CCCXX]

Na aridez secular do meu deserto,

oásis contemplado nunca dantes,

tu vieste a meus olhos delirantes,

e mais quero de ti estar por perto.

Para mim, tu tens lumes, e cantantes:

prefiro imaginar-te, então, decerto,

aquela que tornaste o bem desperto

na trilha dos meus passos vacilantes.

No epicentro da turba mais ruidosa,

ou nas rotas maçantes das estradas,

tu me fulges a deusa mais formosa.

Um oásis, tu luzes como as flores,

nos meus olhos, já pandos de floradas:

assim, deponho em ti os meus amores.

Fort., 17/02/2012.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 17/02/2012
Reeditado em 17/02/2012
Código do texto: T3505437
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