Soneto ao Castro Alves
Soneto ao Castro Alves
Jorge Linhaça
Se Castro Alves por cá hoj'andasse
Veria o pouco valor de seus versos
Se dos escravos pois nunca falasse
Encontraria o mesmo universo
Brancas espumas do navio negreiro
Não mais veria posso assegurar
Mas aos escravos veria inteiros
Pela cidade, no mesmo lugar
Foi-se a senzala ficaram grilhões
Foi-se o açoite ficou a pobreza
Hoje os escravos contam-se aos milhões
Que adiantou do estro a beleza?
Na marginália dos guetos, rincões
Contando tostões pra por pão à mesa
Soneto ao Castro Alves
Jorge Linhaça
Se Castro Alves por cá hoj'andasse
Veria o pouco valor de seus versos
Se dos escravos pois nunca falasse
Encontraria o mesmo universo
Brancas espumas do navio negreiro
Não mais veria posso assegurar
Mas aos escravos veria inteiros
Pela cidade, no mesmo lugar
Foi-se a senzala ficaram grilhões
Foi-se o açoite ficou a pobreza
Hoje os escravos contam-se aos milhões
Que adiantou do estro a beleza?
Na marginália dos guetos, rincões
Contando tostões pra por pão à mesa