CONTRASTES.
Quisera a luz da lua em plenilúnio,
pendente, em céu sem nuvens para oeste.
As fogueiras ao alto, mês de junho,
no São João de que o sertão se veste.
Quisera construir de próprio punho,
toda a beleza e o esplendor celeste,
para brindar o chão que em mim acunho,
cravado à cruz do meu sertão agreste.
Queria ter poder, força e o dinheiro
que o homem diz – mola do mundo inteiro,
e doá-lo a redenção dos inviáveis.
Pergunto aos céus por que alguns têm tanto
no acumular mesquinho e avaro, enquanto
há milhões de milhões de miseráveis...
14-02-2012.