Sem ósculo
Disse-me tanto, e tudo, e de amor,
Disse-me de saudade, orgia e desejo.
Mas, contudo, na verdade, o beijo
Nunca me deste à face — o esplendor;
Aquele que é santo, paixão e fulgor,
Nunca me veio a‘brasar no ensejo,
Na procura discreta e no almejo,
— Sem que me fosse a primeiro furor...
Distante eu jamais fui, nem a saltar,
De carinhos... E, ainda sofre sozinho
O meu órgão em agonia de pulsar...
Mas vejo que em breve, de desalinho,
O meu ermo, cansado, possa estar
No beijar d’um outro melhor-carinho.
(Poeta Dolandmay)
“In relações”
Disse-me tanto, e tudo, e de amor,
Disse-me de saudade, orgia e desejo.
Mas, contudo, na verdade, o beijo
Nunca me deste à face — o esplendor;
Aquele que é santo, paixão e fulgor,
Nunca me veio a‘brasar no ensejo,
Na procura discreta e no almejo,
— Sem que me fosse a primeiro furor...
Distante eu jamais fui, nem a saltar,
De carinhos... E, ainda sofre sozinho
O meu órgão em agonia de pulsar...
Mas vejo que em breve, de desalinho,
O meu ermo, cansado, possa estar
No beijar d’um outro melhor-carinho.
(Poeta Dolandmay)
“In relações”