A Víbora
Entre as crateras a forjar torpezas
Jaz nos pés do inferno, estígio negrume
O sombrio, o tépido e voraz perfume,
Num sangue corrupto das profundezas.
Traçando o prato de seva realeza,
Piorando nas ondas de enxofre lume
Brande as vozes na censura com ciúme
De horror o mau se esconde na rudeza.
Pelas abissais Fúrias castigado
Saindo das trevas torpe o condenado
Veneno vil das áspides da França.
Rebento em aflição do ódio que lança
Na dor que a cólera na morte alcança
Vipérea esposa infernal do execrado.
HERR DOKTOR