CERTEZAS
De tudo o que vivi sobraram nadas
Certezas de tudo um dia acaba.
Mais dia ou menos dia o céu desaba
E os sonhos sem porvir, águas passadas.
Nenhum fio da meada foi caminho
Desenrolei os dias sem saber
Que ao fim terminaria assim, sozinho
Com, nem, água de coco pra beber.
Na sede de botar ponto final
No desvario insano desta vida
Não acho solução que seja boa.
Sossego e fico rindo assim, à toa
E deixo se esvair essa bandida
Pescando poesia em seu quintal.