CERTEZAS

De tudo o que vivi sobraram nadas

Certezas de tudo um dia acaba.

Mais dia ou menos dia o céu desaba

E os sonhos sem porvir, águas passadas.

Nenhum fio da meada foi caminho

Desenrolei os dias sem saber

Que ao fim terminaria assim, sozinho

Com, nem, água de coco pra beber.

Na sede de botar ponto final

No desvario insano desta vida

Não acho solução que seja boa.

Sossego e fico rindo assim, à toa

E deixo se esvair essa bandida

Pescando poesia em seu quintal.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 14/02/2012
Código do texto: T3498460