Meu entardecer, meu entristecer e, meus amanhãs...
O descortinar das frondosas arvóres na minha Rio Branco,
Dão claridade para o palco do monólogo de Santa Penha,
Caminho que perfaço dia à dia pelo meu querido Canto,
Como a tarde que toma o céu e a noite que se ergue lenta.
Todavia o palácio das lembranças e do exame do presente,
Encontra-se cinza, em escala preto e branco bem antiga,
Como os filmes de época e as fotos esquecidas pela gente,
Já que os amanhãs já não são mais os mesmos sem companhia.
Vê-se, então, que o meu Teatro da Vida está vazio e desolado,
Na ausência das carícias, dos beijos, dos abraços e desabafos...
Dos atores que antes riam e para si sorriam muito apaixonados.
Retorne, digo, bons momentos, necessito desesperadamente de vós,
Como um animal que necessita nutrir-se para sobreviver mais um dia,
Preciso do ontem para inspirar-me a viver comigo, mesmo, a sós!