Como te finges...
E ninguém lhes guardou as flores d'alma!
(Fagundes Varela)
Oh! nesta vida tudo se transforma.
O riso alegre, outrora era sincero,
Porém os anos lhe conservam a forma.
De tão fingido, eu finjo que te quero...
Finjo sorrindo, ser um sonho belo,
E que entre nós há santa castidade,
Mas o teu riso: - pardacento Nero!
Traz odioso fim à caridade.
O fingimento é como um riso insano,
Sempre aguçado sobre a face forte,
Talvez presente no sinistro plano...
Cada "rosnada" faz em mim um corte,
À transformar em mim tudo que amo
Em desespero, solidão e morte!