ALMA DE VIAJANTE
Minha alma faz parte dos viajantes.
Meu coração é de um pobre poeta.
Meus olhos são faíscas cravejantes,
Agarrados sempre na cauda do cometa.
Meus lábios, eu os empresto ao vento
Para soprar bem leve os seus cabelos;
Assim, nessa mansidão, eu me contento
Em acalmar os meus impulsos e contê-los.
Não reclame das minhas fantasias de amor.
Sou apenas uma alma viajante
Que escapa de vez enquando, pode crer!
Meu desejo é tê-la no meu calor.
Levá-la para longe nesse instante
A viajar comigo todas as manhãs. Basta querer...
DIONÉA FRAGOSO