ALMA DE VIAJANTE

Minha alma faz parte dos viajantes.

Meu coração é de um pobre poeta.

Meus olhos são faíscas cravejantes,

Agarrados sempre na cauda do cometa.

Meus lábios, eu os empresto ao vento

Para soprar bem leve os seus cabelos;

Assim, nessa mansidão, eu me contento

Em acalmar os meus impulsos e contê-los.

Não reclame das minhas fantasias de amor.

Sou apenas uma alma viajante

Que escapa de vez enquando, pode crer!

Meu desejo é tê-la no meu calor.

Levá-la para longe nesse instante

A viajar comigo todas as manhãs. Basta querer...

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 12/02/2012
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