O LEITO
Não viver de sonhos mas, sim de pesadelos,
É isso que mata o coração da gente!
Mesmo sem querer sofrer, temos que sofre-los,
Numa noite que até o suicídio é atraente.
Nunca fui pessimista mas hoje já sei sê-lo,
Por fora agitação oriunda da minha mente.
Não adianta se do choro nasce algum apelo,
se, ao final, tudo é insipido e indiferente.
Não há louvor no persistir desse sofrimento.
Há quem prefira morrer bem rapidamente
Ao invés de galgar nesse tormento!
Mas, se eu sair de uma noite dessas ileso,
É certo que o amanhecer me encontrará sorridente,
Feliz por fugir da cama onde estava preso.