SOMBRAS

Ah, meu amor, tornou-me o tempo à volta,

Fez-me sonhar com uma noite antiga,

Na sombra escura, que a memória abriga,

Mais que presente, a sensação se solta...

Já não importa quem teceu a intriga,

Valeu-me a fibra, sempre minha escolta.

Velha rotina, se o que vai já volta,

Saber calar, a fidalguia obriga.

Ó, meu amor, ó ilusão perene,

O velho tempo iluminou meu rumo;

Novas certezas para o fim assumo.

Mas nessa área não existe lógica

E todo amor nasceu pra ser solene.

– Deixa-se à alma, o fato de que pene. –

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