MORRER PELA SEREIA
Cruzei os mares para te ver, sereia,
Vi torrentes intensas na escuridão
Mas somente fui noite que clareia,
Queria ser teu escravo, na exatidão.
No caminho fui como quem saboreia
As ondas do mar e sua vastidão;
Li palavras riscadas na bela areia,
E nelas encontrei amarga ingratidão.
Somente para ti o céu azul eu dei,
E até o mais intenso amor guardei,
Até nadar(nadei como um delfim...).
Por ti engoli brasas e me desnudei,
Hoje, sou pó do que restou de mim,
Perdi tudo e só encontrei meu fim...
(VictorAMPinheiro)