Cuiabá, Cuiabá... (ano do senhor de 2002)


Corre em teu farto seio, ó Cuiabá
O esplendor veste recordativo
E bradas por obséquio não se vá
Mesmo no pleno efeito paleativo

Centro Geodésico da América do Sul
Leito agoniza, portal da Amazônia
Recordo-me s de ti, daqui a Istambul
O teu calor faz-te Patagônia

Borbulhas de angústia tão ofegante
Nostalgia demente que me consome
Furtas impiedosa o antigo semblante

Imploro minha luz, venha buscar
Abrigas viril o mero viajante
Carrego ingrato, a rotina de não te amar...

***
P.S. Hoje a rotina é outra, aprendi a amar esta multicentenária capital como minha luz e meu aconchego...
Foto: skyscrapercity.com
Avenida Historiador Rubens de Mendonça;
Centro Político Administrativo, visão noturna da Capital.