SONETO DO REENCONTRO

(Parodiando Vinicius de Morais)

De repente do pranto fez-se o riso

Alegre e radiante qual lampejo,

Das bocas separadas fez-se o beijo

E do beijo fêz-se tudo que preciso.

De repente do vento fez-se a calma

Que acendeu em nós uma nova chama.

E o amor reacendeu em nossa alma

A paz que exterminou o nosso drama.

“De repente, não mais que de repente”

Fez-se de certo o que se fez errante

E de presente o que se fez ausente.

Fez-se de próximo o que era distante,

Fez-se da vida verdadeira amante...

“De repente, não mais que de repente.”