MEDO
Odir Milanez
De me perder de mim esses receios
envolvem-me nos medos mais medonhos.
Dos meus versos desertam devaneios,
meus poemas apartam-se dos sonhos!
O meu peito, de amor e crença cheios,
tergiversa canções em tons tristonhos,
lembrando bocas, coxas, ventres, seios,
em lembretes silentes e tardonhos!
Sonhei plurais paixões que não detive,
mas em versos dei vida mesmo assim.
Mesmo mentindo, essas paixões mantive.
Sentindo os sonhos meus perto do fim,
cada verso que verso, vejo, vive
esse meu medo em me perder de mim!
JPessoa/PB
08.02.2012
oklima
Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor...
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