SUSPIROS
Quem dera se amantes entre abraços
Se visse a vida em outros coloridos.
Certeza, esses momentos decorridos
Repletos dos prazeres, ora escassos.
Quem dera em brincadeiras sensuais
A vida transcorresse livre e leve.
Mas só nos conformamos com a neve
Sequer nos mantivemos liberais.
Vivemos sob o praga do imoral
Escravos da mais louca idolatria
Sem sonhos, sem sorrisos, fantasia.
Vislumbre do futuro é bestial
A suspirar em vão por alegria
Nos vemos deserdados da poesia.