O amor, o impossível e o vinho
Do seu olhar, pois, alimento minh’alma,
E por tal, revelo, em si, os sonhos meus...
Que repousam suaves, e do mar a calma,
Da paixão a morada, dos meus tantos "Eu’s".
E lá do cume, o amor pulsante ecoa...
E deságua na proa desse infinito mar
E se apenas sonhar, far-se-á coisa boa...
Imaginei à hora de poder-lhes amar.
Desse amor me lanço em desalinho
E assim, no tempo, tal qual o vinho...
Sorverei da taça da relíquia e do prazer.
E quando, sorrateiro, “o impossível” chegar,
Eu estarei extasiado e ávido a te esperar
E não mais sozinho, eu hei de me bendizer.