FERIDA ABERTA
FERIDA ABERTA
Dói! E esta dor incontida que me faz,
Desfiar o imenso véu do sofrimento,
Tento arrancar as mágoas deste tormento,
Penso no descanso lenitivo que me apraz.
Esta pena vem com grande desventura,
Provoca pensamentos antes impensados,
Faz vagar, faz chorar, homem machucado,
Tenho feridas abertas sem sutura.
Pela leitura da minh´alma escapa,
A imagem triste de uma cruz latejante,
Verto as lágrimas cansado denegrido.
Fujo e rezo nos escombros desta Lapa,
Nesta sede de querer paz, não obstante,
Tenho que continuar na trama envolvido.
Gostaria de escrever coisas alegres, entretanto
quando vejo, estou escrevendo a dor liricamente.