Crack de rua

Logo que ele nasceu se viu um craque

Ainda não cresceu e se agarrou ao crack

Devorava a bola,devorava a bolinha

Com os pé e com o nariz girava em rinha

Assistindo à pelada a cada gol delirava

Se assistia jogando, estava em delírio

Em grito de êxtase se deitava em cova

A fé da conquista em corpo em martírio

Campo em desnível torturava o craque

Pedras de crack torturavam o mágico

Que atire a primeira, mas não no trágico

Por que o carregavam em destaque?

Ainda tinha a fazer mais e mais gols

Cobriram-no de pó, e o jogo ali acabou

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 05/02/2012
Reeditado em 05/02/2012
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