Magnético

Eu que nem imaginava um sentimento,

Tive que, ao nascer, logo chorar!

Não sabia ao menos o que era alimento,

E a seguir, com fome, fui mamar!

Mãe Das Dôres, mãe Iza, mãe do céu!

A me olhar profundo, já me amava...

Eu não! Olhava tudo, assim, ao léu!

Não sabia ainda amar, mas já admirava!

Tristeza, pra mim, nunca, jamais existia...

Pobreza ou riqueza, não, nada tinha valor!

Apenas o olhar de minha mãe, eu via...

Uma angústia e a rezar ali, com amor...

Pensando qual seria mesmo meu destino...

Eu, apenas sorria, ao ouvir longe, um sino!