SAUDADE
Amarga saudade que em mim habita
Que não me dá descanso e não sossega
Por que não consigo te fazer bendita,
Flor de lembrança que a mim se apega?
Por que me perco em teu imenso vazio
Buscando na neblina que me envolve
Recordações que me cercam como um rio
Ilhando minha paz que se dissolve
Saudade minha que também é dela
Que me tortura, me angustia, e se revela
Como poeira ardente que me queima
Não vejo a hora em que me deixes só
Ou a tragas de volta limpando esse pó
Com o que me cobres com tua teima.