SILÊNCIO
O frio corpóreo e o aroma etéreo
A indescritível e triste sensação
Não há mais vida e nem há pulsação
Só a temperatura do necrotério
Sutilmente sinto a putrefação
Dos tecidos orgânicos... mistério
(Figura macabra do cemitério)
Na certeza mórbida da intuição
E as tumbas e os coveiros me olhando
E o ar ausente, fugia, me deixando
O clima comum: Nebuloso e funéreo
No silêncio da eternidade eu canto
Sob as pedras de barro e o amianto
Escuro e subterrâneo império.