Soneto ao que Passa
Já se passaram tantos meses
Desde que, enfim, nos encontramos,
Imaginas ainda quantas vezes
Veremos passar dezenas de anos?
Um ano, dois anos, até mais
Passam primaveras, verões, outonos, invernos
Um para o outro o porto, o cais
Dois corações, os dois eternos.
Brindemos ao dia, à noite, ao ocaso
De tempos e tempos de amor,
Compreensão, ternura e amizade.
Cantemos ao sol, mar e lua (sem atraso)
E não experimentemos nenhuma dor:
Sejamos juntos pela eternidade.