Soneto de solidão
Acaso ora companheiro
Só me vexa manter vivo
Tudo mais de que preciso
Em cada sol alvissareiro
Vou de rua achando a fala
Qual cão velho sem tutela
Vez por outra numa viela
Emudeço, minh'alma se cala
Vida tal e qual minha poesia
Passa bela, mas nem se nota
Porque na zoada se dissolve
No silenciar da noite do dia
Fechando do teatro a porta
Falta (sei de quê) me envolve