Soneto louco.
Decidi escrever um soneto louco.
Só para ver se estou disposto,
A redigir sobre um certo tempo,
Onde a política só traz desgosto.
O momento do ego exacerbado.
Aonde se engana o depauperado.
Com retórica torpe e fraudulenta.
E o povo? Esse! Erasmo; só agüenta.
No entorpecimento do assistencialismo.
Vai cozinhando-se em fogo brando,
Uma receita abjeta de personalismo.
Um tanto de feudo e mais um pouco.
Enquanto poucos se refestelam,
Democracia? Essa vai para o esgoto.