CONSEQUÊNCIA
Eu vou pelas sendas dos amantes sem amores,
E tu vais pelas trilhas das perdidas damas
Que se arrependeram e agonizam em chamas
Delineando os sulcos dos jardins sem flores.
O ardor da suas consequentes dores
Clamam aos aos céus, e tu também clamas,
Me vendo voltar para outras bahamas
Nos crepúsculos dos grandes desbravadores.
Não fui eu quem te deu as costas no passado,
Nem deixei, por mim, de sonhar no futuro,
Foste tu que voltaste para um mundo desgraçado.
E agora a chama arde em ti, lume impuro,
Nas trevas da tua escolha, o véu rasgado,
Já não mais voltarás deste monturo.
(YEHORAM)