JURO (Soneto)

(falando com a minha alma)

Quantos corpos vestiste alma impura?

Quantas vidas levaste em noite escura?

Decerto não viveste inda o bastante

Pois te vejo crua e tão ignorante

E nessas estradas que percorreste

Quantas lições deveras aprendeste?

Se nesta vida de dor e prazeres

Tantos desmandos vejo cometeres

Que este meu fraco corpo não te afaste

Da luz que necessitas alcançar

Que para a impureza não te arraste

Possa ele ter forças para lutar

Que rumo ao alto juro te elevar

Se Deus me conceder vida que baste!

Carmo Vasconcelos

(In “Despida de Segredos”)

Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 16/07/2005
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