ALMERINDA (a tia mamãe)

Contando os passos, lenta e recurvada,

Olhar ferido pela solidão,

Ela guardou dentro do coração

A paz, o amor, a fé vivenciada.

E uma saudade que doía tanto,

E tanto, e mais, e quanto mais doía,

Mais ela orava, mais agradecia

Pelas agruras do seu desencanto.

Adormeceu qual dorme uma criança.

Quando acordou, vestida de esperança

E deslumbrada entre raios de luz,

Ela se olhou e viu que estava linda!...

E os querubins voaram com Almerinda

Na direção dos braços de Jesus.

ALMacêdo

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 01/02/2012
Reeditado em 01/02/2012
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