ALMERINDA (a tia mamãe)
Contando os passos, lenta e recurvada,
Olhar ferido pela solidão,
Ela guardou dentro do coração
A paz, o amor, a fé vivenciada.
E uma saudade que doía tanto,
E tanto, e mais, e quanto mais doía,
Mais ela orava, mais agradecia
Pelas agruras do seu desencanto.
Adormeceu qual dorme uma criança.
Quando acordou, vestida de esperança
E deslumbrada entre raios de luz,
Ela se olhou e viu que estava linda!...
E os querubins voaram com Almerinda
Na direção dos braços de Jesus.
ALMacêdo