A morte
Oh, Vida, por que me deixas,
Será que não vês que estou vivo?
Tenho ouvido as tuas queixas,
Mas jamais deletei teu arquivo.
Que arquivo será este que voa solto,
Mas que é tão efêmero quanto o belo?
Mas que fantasma será afoito
Diante da mentira de sê-lo?
Só o que tem vida é verdadeiro,
Mas esta se perde num túmulo,
Pois a Indesejada das Gentes chega.
Mas que certeza será primeiro
Esperada, se o homem, matá-lo...
Talvez a morte o pega.