QUEM SABE...

Quando numa noite assim fria e chuvosa

Esta sonhadora não mais estiver presente

Certamente ela estará por entre rosas

Onde os espinhos já não são pungentes...

Onde não mais há de chorar por ser tão só,

Nem terá como companhia a sua solidão,

Tampouco há de inspirar pena nem dó;

Talvez, quem sabe, para alguns, doce recordação...

Em assim sendo, esta sonhadora inveterada

Que certamente vai estar pra lá de além,

Lá, onde talvez não seja nem lembrada...

Mas, quem sabe os desenganos da vida de outrora

Que a fizeram sempre triste, e sem ninguém,

Do outro lado da vida, feliz esteja nessa hora...