DOCE VINGANÇA

Co´o pé na cova já não faço graça

Nem por promessa sopa eu dou pro azar

A morte é certa mas não fico à caça

Queria ver de novo a lua em teu olhar.

Mandei às favas louca alcoviteira

Que por capricho vive a amedrontar

As pobres almas, com sua caveira

Enquanto ri do inferno que causar.

Semeio encanto, nesta noite insone

Sempre apoiada por bela magia

Que colho aos cachos neste céu de estrelas

Se a morte é certa, pego o telefone

Declaro o amor, escrevo a poesia

Desvio assunto pelas paralelas.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 31/01/2012
Reeditado em 01/02/2012
Código do texto: T3473428