Soterópolis

Soterópolis

Jorge Linhaça

Cerrem-se as portas de nossa clausura

Venha a penumbra turvar-nos a vista

Pois a alegria de nós hoje dista

Cada conquista é motivo d'usura

Nesta cidade onde tudo se atura

E o Alcaide se faz sempre ausente

Não há Edir que seja competente

Antes se igualam em baixa estatura

Vive o povo pra sempre indolente

Toma cerveja ouvindo axé

Em plenas ruas já privatizadas

Qualquer comércio se acha gerente

Toma as calçadas com sua má fé

Furtam as ruas em frente às fachadas

Salvador, 30/01/2012