ADEUS

Não posso ser de mim mesmo um carrasco,

Zênite abre as mãos sobre minha mente,

E se nadir é meu túmulo...naturalmente,

Estou à beira do meu derradeiro penhasco.

Creio no bom humano, não sou um fiasco,

Talvez à Terra volte humildemente,

Junto ao húmus regarei a semente,

Pois não sou alma vazia dentro de frasco.

Quem sabe, serei uma nuvem branca,

A sensação de mim ninguém arranca,

Na Terra serei tranquilidade e alimento,

Ou poeira e cometas no firmamento,

Até mares e montanhas no Sri Lanka;

Todos se vão, então, este é o momento.

(VictorAMPinheiro)

Victor A M Pinheiro
Enviado por Victor A M Pinheiro em 30/01/2012
Reeditado em 30/01/2012
Código do texto: T3470520
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