ADEUS
Não posso ser de mim mesmo um carrasco,
Zênite abre as mãos sobre minha mente,
E se nadir é meu túmulo...naturalmente,
Estou à beira do meu derradeiro penhasco.
Creio no bom humano, não sou um fiasco,
Talvez à Terra volte humildemente,
Junto ao húmus regarei a semente,
Pois não sou alma vazia dentro de frasco.
Quem sabe, serei uma nuvem branca,
A sensação de mim ninguém arranca,
Na Terra serei tranquilidade e alimento,
Ou poeira e cometas no firmamento,
Até mares e montanhas no Sri Lanka;
Todos se vão, então, este é o momento.
(VictorAMPinheiro)