ANDO A PROCURA SEMPRE SOZINHO

Ando a procura sempre sozinho.

Percorro caminhos desertos e frios.

Desespero na rua, sem direção.

No peito uma angústia: é ela a solidão.

Fatigado, atordoado, sem esperança.

A angústia me consome, corrói as lembranças

de casos julgados eternos, verdadeiros.

Hoje desfeito tais laços no meu peito.

Permaneço e ardo sempre sozinho.

Há muitos que andam, cruzam comigo.

O silêncio presente em qualquer direção.

Das mil vozes que gritam ao meu ouvido

é ela a voz que fala no meu íntimo:

voz triste e desconcertante da solidão.

Wérlen M dos Santos
Enviado por Wérlen M dos Santos em 30/01/2012
Código do texto: T3470358
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