No vale da morte

No vale da morte

Jorge linhaça

Inda qu'eu ande no vale da morte

À própria morte eu não temerei

Sigo adiante junto à minha grei

Lançada ja foi há muito mi'a sorte

Não me regalo aos caprichos da sorte

Mesmo que a sorte me ponha por rei

Sempre dos versos mendigo eu serei

À inspiração pedindo um mote

Em vindo a morte que reste a poesia

Indo a coroa que me fique o manto

Meu corpo a vestir de minha utopia

Curem-se as chagas, enxugue-se o pranto

Seja verdade minha fantasia

Por regalia que fique o meu canto

Salvador, 30/01/2012