O ciclista e as estrelas

E foi então que saí para inocente distração

Tinha a paz como companhia

A estrada não me exauriu, fui sem trepidação

E só o horizonte era meu guia

Completeza no céu, vacuidade à rodovia

Tiraram-me do prévio enfoque

O vento sussurrante, a brisa mansa e fria

Lembravam-me tua voz, teu toque

Logo as pedaladas foram automatizadas

Coloquei-me a pensar em ti

Sossegado e divagante, fiz várias paradas

Parado e sozinho eu sorria

Apaixonado voltei, ao notar meu desatino

Fizeste deste homem, menino

Paulo de Carvalho Dias Mendes
Enviado por Paulo de Carvalho Dias Mendes em 30/01/2012
Código do texto: T3469408
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