Rosa Carnal

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Que por teus vícios torpes nunca caias

Em pecado, tampouco vil desdém

Suscites, que da má fama és refém,

Já s'encolhem de vergonha as tuas saias.

Segues rios d'absinto às lodosas praias,

E lá, meio ébria, contemplas o vaivém

Do mar, naus à deriva, sem ninguém,

E sentinelas vãs nas atalaias.

És rosa carnal, anfitriã do vício,

E no altar te quedas, em sacrifício,

Expiando assim do mundo os pecados.

E quando as mulheres de viés passam

Com maus-olhados te escorraçam,

E às vezes com trejeitos enciumados.

Adrianus
Enviado por Adrianus em 29/01/2012
Reeditado em 30/01/2012
Código do texto: T3469231