Soneto de amor poente
Onde estavas quando acordei?
Desesperado, te busquei em toda parte!
Queria mostrar-te os versos que fiz,
As palavras que lhe dediquei!
Versos tão singelos, tão puros,
Profundos e de intensa razão
Dirigidos a ti, bela amada
De reluzentes olhos escuros...
E agora, que faço vida minha?
Se por desventura, não te encontro,
A quem declamarei estas linhas?
Inúteis versos que escrevi!
Tão belos, tão rasos, tão prontos...
Não te impediram de partir.
Edson,Out./2006