SONETO(044)
Abriram-se cedo as persianas da tua alma,
Qual rama da palmeira Imperial imponente
Desabrocha bela igual as finas porcelanas,
Que à luz do sol tornam-se veste reluzente.
É tão saudável, bela morena, ter o aconchego,
De teus longos, ternos e elegantes braços;
Sem pressa, mas com magia, sempre chego,
Pé-pós-pé, para não acordares do sono manso.
Sutilmente transformo o simples carinho,
Num intenso amor humano e fraternal
Capaz de mover horizontes e montanhas;
Como ninguém imaginara, teu doce sorriso,
Vem e desarma-me de modo quase brutal,
Pois carecem de carinho nossas entranhas.
Bento Gonçalves- RS, em 23 de setembro de 2007.