Asas fechadas
São cansaço ou queda
Pedra lançada
Ou voo que repousa.


Luis de Macedo/Alain Oulman
in Asas Fechadas






O POETA, O CISNE E A TORRE

Eu procuro num poema o acalanto das águas
O murmúrio das ondas na mudez da pedra
Nas lágrimas do mar o sal das minhas mágoas
Na “última flor do Lácio” se uma rosa medra.

Eu ouço a voz do vento numa noite morna
A coruja assustando o galo de campina
O pássaro ferreiro imitando a bigorna
Como o poeta a limar o verso na oficina.

No horizonte vermelho, azul, verde e amarelo
Sou água e sal, e sol e lua e mar e terra
Sou o lago onde a dançar o branco cisne morre

Ouvindo o violino em duo com o violoncelo
Sei que Jesus perdoa o poeta que erra
Qual Ismália eu sonho o céu no mar, do alto da torre.

Hermílio

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http://www.youtube.com/watch?v=qYfMygnWtgs

LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 29/01/2012
Reeditado em 30/01/2012
Código do texto: T3467705
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